Por Comunica ABASC

No recente "Seminário Nacional de Residências em Área Profissional de Saúde", que ocorreu nos dias 4 e 5 de setembro, uma representante da Associação de Bacharéis em Saúde Coletiva (ABASC) esteve presente. O encontro, promovido em parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, reuniu diversos atores envolvidos na área da saúde com o propósito de definir prioridades para a futura política nacional de residências.

A ABASC desempenhou um papel fundamental ao participar ativamente das discussões nos "Eixos II - Valorização dos Preceptores, Tutores e Coordenadores dos Programas de Residência" e "Eixo V - Aspectos Pedagógicos nas Residências em Saúde". Durante o evento, a ABASC se posicionou firmemente em favor dos trabalhadores da saúde, defendendo que o preceptor seja reconhecido como uma das funções desempenhadas por esses profissionais.

Além disso, a ABASC destacou a importância da formação continuada e transversal para tutores, preceptores, coordenadores e residentes. A associação sugeriu que o corpo docente desses programas seja treinado em técnicas antropológicas, pedagógicas e psicopedagógicas que auxiliem na avaliação e na promoção de uma educação humanizada, ao mesmo tempo em que protege a saúde mental dos residentes.

Outra contribuição significativa da ABASC foi a sugestão de inclusão de conteúdos obrigatórios relacionados à "prática baseada em evidência" nos programas de residência. Essa abordagem abrangeria tanto o campo clínico, com a aplicação das técnicas de "medicina baseada em evidência", quanto os campos de gestão, com a "política informada por evidência".

Agora, a prioridade da ABASC é a ampliação das oportunidades para bacharéis em Saúde Coletiva nas residências em saúde. Para alcançar esse objetivo, a associação está focada em quatro principais ações:

1. Lutar pela ampliação de vagas para bacharéis em Saúde Coletiva, tanto nos programas já existentes quanto no apoio à criação de novos programas. A ABASC produzirá um manual no qual explica como criar programas e ampliar vagas nos programas existentes, com foco naqueles que pretendem incluir o bacharel em Saúde Coletiva. 

2. Realizar uma consulta pública e enviar propostas aos órgãos competentes para estabelecer competências e habilidades flexíveis e transversais ao núcleo profissional de Saúde Coletiva, contribuindo para definir o escopo e delimitar a profissão.

3. Pleitear uma representação ativa na Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde.

4. Colaborar na construção de matrizes de competência para as áreas de concentração de programas que incluam o bacharel em Saúde Coletiva.

A ABASC continua empenhada em promover melhorias significativas nas oportunidades e reconhecimento para os bacharéis em Saúde Coletiva, trabalhando incansavelmente em prol da Saúde Coletiva no Brasil.